domingo, 4 de dezembro de 2011

Cachaças: boas surpresas em 2011


            Neste ano descobri cachaças muito boas, que comprei sem referência prévia, mas que no primeiro gole entraram para a lista das minhas preferidas. Por não serem facilmente encontradas em todos os cantos do Brasil são ainda mais especiais. Como bebo pouco e consumo mais na companhia de amigos, o fato dessas cachaças terem acabado rapidamente é um bom indício de sua qualidade e aceitação.
           
Cachaça Mucambo
            Comprei essa cachaça em um posto de gasolina em Goianinha-RN, enquanto voltava de São José de Mipibu pra Natal, na casa do meu grande amigo e parceiro de degustação Pipo Abbott. Depois descobri que a cachaça, irmã das mais conhecida Maria Boa, é produzida ali mesmo, em Goianinha, centro tradicional de produção de cachaças no Rio Grande do Norte. Envelhecida em barris de amburama, a Mucambo tem uma ótima apresentação, com rótulo moderno e simples. Sua coloração é bem amarelada e, além de ser gostosa de tomar, a Mucambo tem um aroma único, que nunca encontrei em outra cachaça. Tudo bem que compramos cachaças pra beber, mas para quem gosta de experiências multisensoriais ao beber um dose (modo "enólogo babaca" ligado) vale a pena experimentar. Infelizmente comprei apenas uma garrafa de 300 ml e agora espero um nova viagem pra Natal para reintegrá-la à coleção.
Aqui está o site da cachaça: http://www.cachacasdegoianinha.com.br/

Cachaça Dedo de Prosa
              Essa foi sem dúvida a maior surpresa em 2011. Ganhei de presente do meu pai, que a comprou em Itajubá-MG. Produzida em Piranguinho, no sul de Minas, a versão envelhecida em caravalho foi o maior sucesso etílico entre as visitas lá em casa. Durante um churrasco, o pai de um amigo a pediu encarecidamente de presente! Quando acabou a de carvalho, comprei a envelhecida em Louro Canela, que também é espetacular. Me chamou a atenção o fato de ter agradado muito ao público feminino também, algo não muito fácil para as cachaças.
              Para se ter uma idéia da seriedade com que é feita, vale a pena dar uma olhada no site: http://www.cachacadedodeprosa.com.br/

Cachaça Áurea Custódio
               Fui a Belo Horizonte para o St. Patrick`s Day do BH Rugby e, como não poderia deixar de ser, passei no Mercado Municipal para comer pastel e comprar cachaça. Estava pesquisando o preço dos barris em uma das lojas quando entrou um cliente e perguntou ao dono sobre a Áurea Custódio. Apesar de depois ter descoberto que a cachaça já ganhou prêmios, ela era então desconhecida para mim. O vendedor disse que havia sim e que custava R$57,00! Ao ouvir o preço, como bom filho de mineiros, pensei logo se tratar de combinação entre o visitante e vendedor. No entanto, a convicção dos dois era tanta sobre a qualidade da cachaça, envelhecida por 3 anos em carvalho, que não resisti e levei. Apesar do preço, que descobri ser este mesmo, a Áurea Custódio, de Ribeirão das Neves-MG, valeu a pena. Foi dessas cachaças que pude oferecer sem medo, pois agradou a todos. Deixou saudade na coleção.

Cachaça Orgulho Mineiro
              Essa foi outra das contribuições dos meus pais em suas viagens pelo sul de Minas. Produzida em Borda da Mata-MG, a Orgulho Mineiro chama a atenção pela garrafa envolta em cortiça e pelo copo em formato de barril que a acompanha. Ela exala um odor muito agradável, daqueles que avisam: vem cachaça pela frente! Estive conversando com um amigo do meu pai sobre pingas quando ele a recomendou, atestando o que eu já havia achado sobre a pinga.

Um comentário:

  1. Será que tem a ver com este post?? Aliás, conheço a casa dessa segunda foto! Será daquele dia em que tivemos de de fazer esforço para reduzir seu estoque de cachaça a tempo da mudança??

    Abraço,

    Pipo

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