O Bourbon Jim Beam e as bolachas da Kentucky Ale
Como me fazer assitir a dois dias de prova de hipismo sem reclamar? Deixando-me beber quantas cervejas eu quiser! Além de ter realmente gostado de assitir aos Jogos Equestres Mundiais, em Lexington, no Kentucky, a cerveja foi uma surpresa à parte. No meio do parque onde ocorreram os jogos havia alguns quiosques da Kentucky Ale. Eram três as opções de chopp, tirados na hora. O duro era pagar US$7,00, mas valia a pena. O melhor dos chopps era a Kentucky Bourbon Barrel Ale. Esse nome difícil e pomposo vem do processo de fabricação da cerveja: ela é depositada por 6 semanas em barris recém utilizados na destilação dos Bourbons, como são chamados os whiskies locais. Isso deixa a cerveja com coloração e odores bem acentuados, além de realçar o sabor. A cerveja é boa pra quem gosta de cerveja forte, bem diferente das nossas por aqui. Como se pode ver na foto, mais bolachas de chopp para a coleção, especiais para os Jogos Equestres Mundiais.
O grande orgulho etílico do Kentucky é, no entanto, a produção do whiskey local, chamado de Bourbon. O nome vem do condado de Bourbon, que por sua vez é uma homagem aos franceses que apoiaram o sul na Guerra Civil Americana. Existe até uma trilha turística do bourbon, que passa pelas destilarias que se concentram ao norte do estado. Segundo o "Guia Ilustrado do Whisky", a única restrição para ser chamado de Bourbon é ter mais de 51% de mosto de milho. Ainda segundo o Guia, o solo do Kentucky é extremamente produtivo para a produção do milho, o que dá uma pista sobre o por quê da especifidade da bebida.
Nos Jogos Equestres havia uma tenda dedicada aos Bourbons. Era possível provar quatro combinações do whiskey, de diferentes marcas. Se eu não me engano, provei do Maker's Mark e do Knob Creek. Achei os dois muito fortes. Acabei comprando o Jim Beam Black. Conhecia este Bourbon porque a Jim Beam patrocinava o rugby da Poli-USP. Fazendo uma comparação do Jim Beam com o Jack Daniel's, achei o primeiro muito mais forte. Apesar da coloração e odor semelhantes, o "arco", como se diz em Piracicaba, fica muito mais pronunciado no Jim Beam. O interessente do Jim Beam é que a família trabalha na sua produção desde 1795 e hoje está na 7a geração de funcionários.
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