terça-feira, 31 de julho de 2012

Orgulho joseense

    Desde 26 de julho último, este humilde blog destinado, até então,  à "análise de coisas sem a menor importância no mundo", recebeu uma avalanche de acessos. Até o presente momento foram exatamente 4.200 leitores do texto sobre o que fazer em São José dos Campos. Além da grata surpresa,  isso me trouxe alívio e alegria.
    Alívio de saber que não sou o único louco pela cidade. A paixão por São José me persegue desde sempre. Quantas vezes tive que segurar aquela frase sobre a cidade para não ter que ouvir de novo: lá vem o chato falar bem de São José. Dentro de casa então, falar de São José  para minha bauruense é ouvir um "ai, chega de São José né" automático. Faz sentido, pois já são quase quatro anos de doses diárias sobre as proezas da Capital do Vale. Eu não me agüento.
    Que alegria ler nos comentários que muita gente viveu momentos tão felizes na cidade e que ela é tão querida por todos. Foi bom saber que o texto propiciou uma volta à infância para muitos. Dei muita risada com os comentários e agradeço cada um que ajudou a divulgar nossa cidade pela rede.
    Faltou muito item na lista, mas isso é prova de que temos uma cidade múltipla, que permite diferentes experiências de vida, ainda que marque a cada um de nós com uma experiência em comum. 
    Para encerrar o ciclo joseense do blog, versos do nosso mais ilustre conterrâneo, Cassiano Ricardo, nome de biblioteca, escola, avenida, etc...:

A flauta que me roubaram


Era em S. José dos Campos.
E quando caía a ponte
eu passava o Paraíba
numa vagarosa balsa
como se dançasse valsa.
O horizonte estava perto.
A manhã não era falsa
como a da cidade grande.
Tudo era um caminho aberto.
Era em S. José dos Campos
no tempo em que não havia
comunismo nem fascismo
pra nos tirarem o sono.
Só havia pirilampos
imitando o céu nos campos.
Tudo parecia certo.
 
O horizonte estava perto.
Havia erros nos votos
mas a soma estava certa.
Deus escrevia direito
por pequenas ruas tortas.
A mesa era sempre lauta.
Misto de sabiá e humano
o vizinho acordava
tranqüilo, tocando flauta.
Era em S. José dos Campos.
O horizonte estava perto.
Tudo parecia certo
admiravelmente certo.




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